Do espaço que em mim me cabe,
pouco é seu. Minha angústia ocupa todo o resto. Não tenho mais nós aos quais me
agarrar, não tenho aonde chegar. Não tenho mais eu.
Mas isso, não te obrigo a
entender. Sorrio de volta como se lá dentro fosse bonito, na certeza de que te
convenço. Caio fundo na lama dos seus olhos esperando que no final eles não me
revelem nada além de eu mesma.
Se te abraço, é pra roubar teu
calor, te fazendo acreditar em minhas meias palavras. Engulo hipocrisia direto
da sua boca e cuspo pelo ouvido, bem na sua cara, enquanto você sorri. Então, te pego pela mão e levo
pra casa, te dou um beijo na testa e te coloco pra dormir.
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