domingo, 16 de janeiro de 2011

Piano de Cauda

Baseado na música “Pianinho” - Esteban



“Eu vou tentar mais uma vez”, dizia o cantor no meu celular. Até quando dura essa persistência, essa esperança?

Não importa o tempo que passe, é sempre a mesma coisa: corações destroçados, mãos abandonadas, abraços solitários, planos arruinados.

Quantas vezes será preciso passar pelo “mais uma vez”? Não sou tão criativa assim. “Cadê? Cadê?” a voz não para de me perguntar. Digo que vi uma vez, e tentei explicar – não deu muito certo.

O cara no meu ouvido continua, perguntando “quem é você que não me vê? Cadê você que eu não vejo?”

Devia ter me lembrado que olhar pro Sol por muito tempo nos deixa cegos. Devia ter se lembrado que ninguém olha pro Sol a vida inteira. Aliás, preferimos dias nublados, ainda mais claros.

Então, quando a clare-cegueira passar, melhor olhar pro lado do que pra cima e torcer para que a claridade ajude a achar o caminho.

Enquanto isso, vou escondendo que “sozinho eu não sei aonde ir”

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


Quando te abraço, uma força me impele a puxar o tanto de ar que eu puder. É como se, junto com ele, respirasse você até me encher e, assim, me sentisse completa.