Conhecer sem querer, fingir não conhecer. A lua tramando e o Sol só rindo. Pernilongos fofoqueiros tentando ouvir o quê era dito. Lamentos por todos os lados, erros a serem reparados. Sem reparo. Se reparo...
Reparam. Quebro. Nunca contei que sim, eu agi com o coração. E fiz merda. Longas e repetidas vezes. Mas e se esse fosse o caminho? Foi. E o desvio também.
A viagem de volta passou do destino. Começou outra, com tantos ou mais acidentes. Aquela velha impressão de injustiça quando o carona se machuca por um erro do motorista. Mas, ainda assim, é uma carona, né?! Melhor não reclamar.
Reclamo. Reclama:
- Abre a janela pra entrar um ar.
- Odeio vento.
- Mas é melhor do que o sufoco que tá aqui.
Concordo.
Cabelos despenteados tampam a visão. Já não posso fechar o vidro, acendi um cigarro. E outro, e outro, e outro. Enquanto o maço não acaba, aguento. E depois? Fechar o vidro, com toda a pressão que se faz – dentro e fora – parece cada vez mais difícil. Com quatro mãos, talvez, mas pra isso, teremos que estacionar.
- Acho melhor procurar um acostamento, hein.
- Não sei se vai dar certo.
- Já não tá dando.
- Você ta chorando?
- Não, é o vento. Falei que odeio essa porra.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Choro Toda Noite Sem Saber Por Quê
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
O Pudim
Minha avó faz o melhor pudim da cidade. Eu não gosto de pudim, entende? É como se, na minha vida, eu sempre tenha o quê não quero. Biblioteca de oportunidades e opções, nenhuma que me faça os olhos serem espelhos de poças. Alias, poças não, porque essas fazem parte. Dos olhos e dos pés. Espelhos de rio ao amanhecer, naquela hora em que, por descuido, os matinhos deixam-se pegar saindo do banho, antes de se secarem. Eles não têm isso, entende? Aham. Eles não
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Chuva de Verão
sábado, 23 de outubro de 2010
Realidade
Olhos fechados. Espero: sua boca, seu cheiro, seu cabelo no meu rosto, sua respiração no meu ouvido, sua mão na minha cintura, minha unha nas suas costas.
De olhos fechados, acontece tudo que se imagina – ou se imagina tudo que acontece?
Perto de você, toda vez que fecho os olhos, eu sonho. Mas, sonho mesmo, é abrí-los e você continuar aqui.
De olhos fechados, acontece tudo que se imagina – ou se imagina tudo que acontece?
Perto de você, toda vez que fecho os olhos, eu sonho. Mas, sonho mesmo, é abrí-los e você continuar aqui.
domingo, 3 de outubro de 2010
Verão/Outono - Ela
sábado, 21 de agosto de 2010
Como Pode Ser?
Como pode ser
estar na velocidade e não sentir?
Como pode ser
enfrentar sem querer fugir?
Como pode ser
só de pensar, sentir?
Como pode ser
gostar, falar, estar, surgir
tão rápido que não há como não admitir?
Como pode ser
querer só pra si,
sorrir só pra ti,
imaginar te abraçar todo dia antes de dormir?
Pode ser
eu,
tem que ser
você.
estar na velocidade e não sentir?
Como pode ser
enfrentar sem querer fugir?
Como pode ser
só de pensar, sentir?
Como pode ser
gostar, falar, estar, surgir
tão rápido que não há como não admitir?
Como pode ser
querer só pra si,
sorrir só pra ti,
imaginar te abraçar todo dia antes de dormir?
Pode ser
eu,
tem que ser
você.
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