Enterro as mãos na terra. Nada.
Limpo o laranja que ficou e tudo continua igual. Se pudesse pelo menos voltar
ao momento onde tudo fazia sentido e o coração era um só inteirinho e cheio de
verdades e certezas. Pra onde fui? Fui parar? Parei. Me deixei em algum canto
daquela cidadezinha calorenta onde as mãos se faziam em laços de
presente. Presente que lembra do passado que não existe mais. Se estou lá, onde
fui parar? Fui parar? Parei.